segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

XII SUPERPOCA SUPERA EXPECTATIVAS


Nilson Brandão


UM COLÍRIO PARA OS OLHOS

Se estava faltando um evento esportivo para sacudir os meios esportivos da cidade, a XII Supercopa Cachoeira de Paulo Afonso preencheu uma lacuna que deixou como saldo positivo, muito positivo, uma conotação forte aos dirigentes, presidente da LDPA e comunidade local de que, arregaçando as mangas, tendo humildade para pedir, correndo atrás do que preciso for, contando com apoios logísticos imprescindíveis, infra estrutura e boa vontade de terceiros, é possível, sim, realizar com sucesso uma programação séria e de qualidade no futebol amador. E outra: aqui mesmo em Paulo Afonso!
A Divisão de Base esteve latente no Estádio Municipal Álvaro de Carvalho, com equipes dos Estados da Bahia, Pernambucao, Sergipe e Alagoas. Ao todo, foram 42 times que certamente não vieram a nossa cidade conhecer de perto as belezas naturais e/ou edificadas pelo homem. No íntimo, todas elas tinham um grande desejo: ser campeãs! Organizaram-se, treinaram, empenharam-se para apresentar o que tinham de melhor, enfrentaram o sol escaldante e impetuoso nas tardes em que a bola rolou e durante os nove dias de disputa todos os participantes se superaram: venceram o desafio de estarem longe de casa, convivendo com as adversidades da distância dos entes queridos. comungando com pessoas diferentes, mas conscientes do seu papel dentro das quatro linhas: o de um guerreiro. Afinal, vida de jogador, de atleta, é assim mesmo! A superação deve prevalecer sobre os mais diversos aspectos. Ir além, ser campeão, levantar o caneco, correr para o abraço ou chorar na derrota, caçar um bode expiatório para os tropeços, os resultados adversos.
Futebol é jogo. Nele, todos querem vencer. O espírito firme desta realidade esteve presente dentro de cada garoto que compôs sua equipe nas categorias que elencaram a XXII Supercopa: Sub13, Sub 15 e Sub 17 e também a Categoria Aberto, sem limite de idade, do futebol feminino, que, apesar de estrar presente pela primeira vez na história da PRV, foi um sucesso. Os torcedores que o digam! Às vezes, ficamos questionando como se encontrava o estado físico e emocional de cada um dos atletas na reta final, depois de uma sequencia dos jogos no cumprimento da extensa tabela. Mas os pequeninos e aqueles um pouquinho mais "velhos", comandados por exigentes treinadores, absorveram as cobranças e se superaram.
Valeu. Foi bom e bonito. Foi natural assistir a alguns desencontros, desentendimentos que alertam para mais cautela nas promoções futuras, cobraçlas perfeitamente compreensíveis por parte daqueles que passaram um ano inteiro economizando para que a grana os trouxesse aqui. Enfim, o quadro final dos campeões, os destaques individuais citados pelo organizador e seus colaboradores pode até precisar de um retoque teórico, mas o futebol é assim mesmo: nem sempre o grande campeão é aquele que apresentou o melhor futebol, que mandou três bolas no travessão, aquele time que teve chance para fazer o gol mas não fez. Valeu a bola que entrou no gol e balançou as rêdes.
Certamente hoje, em suas casas, contando os casos e causos da XII Supercopa, alguém poderá estar contando que não se sagrou campeão porque o árbitro não marcou um pênalti claro, que o bandeira assinalou impedimento sem ser e prejudicou a sua equipe. Feliz, ou infelizmente, tudo isto faz parte do futebol. O fato é que todos os que participaram estão de parabéns. Para nós, a Supercopa deste ano foi bem melhor que a do ano passado. Que a XIII Supercopa, no ano que vem, seja melhor e supere em todos os aspectos a de agora. "Errar é Humano". Estar buscando a perfeição é algo muito positivo dentro das pessoas que não querem ficar paradas e serem atropeladas pelo trem do progresso.
No fundo, quem ganhou foi o desporto de Paulo Afonso. A Supercopa é sempre uma vitrine, um evento que pode ser visto como um ponto de partida para inaugurar o Calendário Anual do esporte de Paulo Afonso.
Parabéns, Beto, não deixe a peteca, ou melhor, a bola cair!