quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Retratos de uma realidade - Parte 1


Estando um pouco ausente das discussões em torno de nosso esporte, mas atento a todos os detalhes que o norteiam, diariamente vasculho em sites e blogs notícias sobre as andanças de nosso desporto e sempre me deparo com situações que me entristece, mas deixemos os sentimentos de lado e vamos ao que nos interessa.

Campanha para eleição da LDPA em 2007, promessas, melhorias, redenção de nosso futebol, melhorias em nosso estádio, melhorias em nossas principais praças de esportes, disputa de competições a nível estadual...nada disso aconteceu, pior, parece que o mundo caiu sobre nosso esporte, campeonato pauloafonsino oficial por dois anos não aconteceu, LDPA mergulhada em problemas administrativos e sem rumo, enfim nosso esporte não decolou.
A vida segue, surge uma nova proposta, com um novo governo eleito, agora, finalmente as coisas vão acontecer, inclusive acredito que ainda podem acontecer, pois as intenções de Janinho para com o esporte "futebol" são boas, mas o senhor dos anéis "Danilson Fortes", até o momento só colecionou problemas e falta de habilidade para conduzir a pasta de diretor de esportes da PMPA, nada mais que isso ele fez, pena que quem vem pagando um preço alto pela arrogância do senhor é nosso desporto e não sabemos até quando essa onda "tsunami" continuará a devastar nosso desporto.
obs.: FOTO DO ESTÁDIO ÁLVARO DE CARVALHO

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O futebol banhado pelo Velho Chico

Lu Castro - Lancenet.

O curso do Velho Chico
Saí do Recife na madrugada do sábado para descarrregar as malas e a curiosidade na cidade de Paulo Afonso, extremo norte da Bahia. A região é conhecida por sua beleza e por propiciar aos loucos por adrenalina, um dos melhores picos para a prática de esportes radicais. Mesmo com a natureza privilegiada e com tanta coisa para ver, era natural que a curiosidade em torno do futebol local fosse maior até mesmo que o calor e a mania “Rebolation” que toca pela cidade inteira . Antes de enveredar pelos caminhos do futebol pauloafonsino, convém dar uma pincelada em alguns aspectos da cidade que cresceu graças ao bom e Velho Chico.

A beleza do Velho Chico e a Usina de Paulo Afonso
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Em 1945, o governo federal aprovou a criação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco – CHESF, para geração de energia aproveitando o enorme potencial do Rio São Francisco. Com a injeção de recursos na economia local e os benefícios gerados pela produção de energia elétrica na Bacia do São Francisco, a região se desenvolveu e ainda ganhou novas cidades, a exemplo de Paulo Afonso.

Cânion do São Francisco a partir do catamarã. Passeio obrigatório!
A CHESF era proprietária de toda a área da cidade, mas aos poucos foi se desfazendo de alguns imóveis por já ter concluído algumas de suas operações até o seu produto final: a geração de energia elétrica. Foi numa dessas propriedades da CHESF que encontrei o primeiro personagem da matéria que poderia me dizer algo sobre o futebol local. Caminhei pouco mais de 200 metros do ponto onde me hospedei até chegar ao Centro de Formação Profissional de Paulo Afonso, uma estrutura espetacular em meio à natureza, com amplos galpões e um modelo reduzido de gerador de energia elétrica. Me informaram que num dos galpões eu encontraria Nilson Brandão, o cara que há 30 anos acompanha o futebol local e que desde 98 trabalha na Rádio Bahia Nordeste. Em 1978, Nilson foi o cara que montou a Rádio Cultura Am e FM e deu início a sua peregrinação através futebol da cidade.

Nilson Brandão, o homem que adora contar a história do futebol pauloafonsino.
Encontrei Nilson na Ilha de Edição de um dos galpões e quando pedi a ele para me contar a história do futebol pauloafonsino ele logo me respondeu: “Mas tu quer saber o que exatamente?”. Claro que minha vontade era passar horas escutando as histórias do futebol de Paulo Afonso, mas o tempo era curto e a hora do almoço se aproximava. Nilson foi enfático, mas me presenteou com algumas pérolas e me deixou com esperança:
” São 50 anos de história! Não consigo lhe contar em meia hora. Mas olhe, tenho aqui toda a história do futebol neste cd, pode levar e copiar. Só me devolva porque uma aluna levou meu material impresso embora e desapareceu. Sim, quero patrocínio para este livro, mas não consigo ninguém. E também não tenho ninguém com quem dividir isto. Ainda tem os causos! Poxa vida, quantos causos não acompanhei nestes 30 anos de comentarista. Tem um episódio muito interessante num jogo do BTN. Diziam que o juíz Melopréia – olha o apelido do elemento!, andava com um punhal guardado dentro do meião. E numa determinada partida, o jogador que foi amarelado falou umas poucas e boas pro juizão, mas teve que sair correndo porque o homem não gostou muito do que ouviu e foi logo sacando do punhal. Pense! O futebol pauloafonsino toda vida foi amador, mas já tivemos grandes pelejas por aqui.”
Foi nesse ritmo que a conversa se desenvolveu com Nilson e com tempo apertado e uma série de informações para buscar, perguntei logo onde era o estádio e como foi que o futebol ganhou força por aqui. Naquele ritmo e sotaque inconfundíveis e deliciosos de ouvir, Nilson contou: “O que hoje chamamos de Estádio Municipal, recebeu o nome de Engenheiro Ruberleno Oliveira em homenagem ao homem que construiu o espaço e faleceu assim que ficou pronto em Agosto de 1976. Inclusive, a partida inaugural foi entre Sport x Náutico, onde o rubronegro venceu por 2 a 0. O “Estádio da Chesf”, assim chamado por muitos, passou duas décadas áureas: a de 50 e a de 60. Ressalta-se neste período o empenho e determinação do então funcionário da empresa que aqui chegou, Álvaro de Carvalho, carioca, flamenguista, rubro-negro apaixonado, que fumava charuto, um exemplo de desportista nato a quem o futebol de Paulo Afonso muito tem para agradecer. Aqui, tínhamos uma senhora seleção, formada por um bom número de funcionários da Chesf, a maioria deles motoristas, vigilantes e alguns trabalhadores que ocupavam função administrativa nos escritórios. Em 1999, CHESF transferiu o estádio para a prefeitura e desde então passou a se chamar Estádio Municipal.”

Engº Ruberleno Oliveira, Alvaro de Carvalho e agora Estádio Municipal. Poucos jogos acontecem no palco futebolístico de Paulo Afonso
“O futebol de Paulo Afonso morreu, minha filha. Mas olhe, procure um cara chamado Pedro Roberto, no Bar Katedral, em frente a Farmácia de Peu. Este cara organiza um campeonato aqui em Paulo Afonso, revela jogadores e ainda organizou um campeonato de futebol feminino. Procure por ele e não esqueça de devolver meu cd!” Concluiu Nilson com o ar mais tranquilo do mundo. Saí do CFP Paulo Afonso feliz, com um milhão de coisas na cabeça e com o fim único de saber: “Por onde anda o futebol de Paulo Afonso?”.
Encontrei um pouco da história do futebol em Paulo Afonso através de poucas fotos expostas no Memorial da CHESF e até encontrar com Beto, do Bar Katedral, muito andei pela cidade. O que eu vi, postarei para vocês em breve, afinal, a história do futebol de uma cidade não se conta em apenas um post. Até lá!
Publicado por Lu Castro dia 12/02/2010 às 8:52 em NacionalSaiba mais sobre , , , , Rio São Francisco

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Futsal e Futebol de campo – parceiros ou adversários?

Inserido na Linha de Pesquisa Atividade Física e Rendimento
Como esporte número 1 do mundo, as questões do futebol de campo sempre chamaram a atenção e interesse de grande parte da população de inúmeros países. Desde a primeira conquista de um campeonato mundial em 1958, o Brasil tornou-se alvo da atenção especial dos meios futebolísticos mundiais. Na sombra do Futebol de campo, o FUTSAL é hoje considerado um dos três esportes mais populares de nosso país. Nos últimos anos, tem conquistado lugar de destaque entre os esportes de quadra, sendo praticado por milhões de pessoas em todos continentes; tanto como forma de lazer, quanto sob a forma de esporte competitivo.
A similaridade entre o Futebol e o Futsal, aliado ao fato de não existir muitas opções de campos de várzea, têm direcionado as crianças e jovens a primeiramente praticar o Futsal em escolas e escolinhas esportivas para, que mais tarde, sejam encaminhadas ou convidadas a jogarem o Futebol em clubes profissionais.
Dentro contexto acima, tem-se observado que muitos destes jovens, no momento desta mudança, geralmente do Futsal para o Futebol, não conseguem se adaptar às exigências que o novo ambiente exige; principalmente no que diz respeito aos aspectos técnicos, táticos (basicamente, a utilização adequada dos espaços do campo) e físicos (adaptação fisiológica dos deslocamentos curtos, com pouco tempo de recuperação para deslocamentos de maior distância e, com mais tempo de recuperação durante o jogo). Como exemplo, podemos citar atletas famosos do Futsal como Ortiz, Manoel Tobias e Falcão que, talvez pela idade mais avançada, não conseguiram se adaptar e se reciclar às exigências do Futebol.
Na busca de razões para tanto sucesso, treinadores, preparadores físicos e cientistas esportivos, nos acompanham em nossas indagações. Seria o Futsal um dos responsáveis pelo o surgimento e, por que não dizer, fornecimento de um número inesgotável de novos talentos para o Futebol de campo? Qual a idade mais indicada desta transição? Quais aspectos do Futsal contribuem na performance no Futebol? Quais aspectos desenvolvidos no Futsal que dificultam durante esta transição?
Na procura desta resposta, cabe-nos ressaltar que não existem dados respaldados cientificamente em literaturas que nos orientem na obtenção de informações sobre os fatores de transição do futsal para o futebol, ou do futebol para o futsal.
• Identificar como foi o inicio e com qual idade este atletas começaram a participação nestes esportes.
• Saber qual a opinião dos atletas quanto à transição indicada, à idade e forma que deverá ocorrer.
• Identificar quais as diferenças mais significativas de um esporte para o outro.
O estudo é do tipo qualitativo e se caracteriza por uma pesquisa descritiva exploratória.
Foram entrevistados 12 atletas de Futsal da categoria adulto masculino e 12 atletas de Futebol de Campo da categoria profissional, de um Clube Federado, do município de Canoas.
Para efetuar a análise e interpretação deste estudo, além do referencial de literatura, foram utilizados os dados coletados nos relatos e opiniões dos Atletas referentes aos questionamentos levantados e que por fim transcritos de forma descritiva.
• A maioria dos atletas tiveram o incentivo da família para o começo no esporte. (apareceram os indicadores professor da escola e colega);
• Todos acreditam que a transição do Futsal para o Futebol seja o indicado;
• Alguns ainda acreditam que seja possível jogar as duas modalidades e optar mais tarde;
• Com relação à idade mais indicada, embora tenha sido bem diversificada, apresentou uma tendência de respostas dos 13 - 14 anos para esta transição;
• Segundo a opinião dos atletas, as diferenças mais marcantes de uma modalidade para a outra são: no futsal requer mais velocidade, mais precisão no passe, mais movimentação, deve-se saber jogar em todas as posições, os espaços são mais reduzidos, aumenta a velocidade de raciocínio e é mais utilizada a parte anaeróbica; já no futebol a mais espaços de jogo; as falhas individuais, tantos técnicas quanto táticas aparecem mais no futebol; é utilizada mais a parte de resistência; é necessário um período a adaptação ao equipamento de jogo (chuteira).

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Opinião.

Começo de ano imaginava-se que novos dias, novas tendências, novas idéias poderiam surgir em nosso meio esportivo "futebol", mas, o que se vê são as velhas raposas e coveiros de nosso futebol que parecem cada vez mais vivas aparecendo para enterrar nosso pobre e esquecido futebol, de um lado alguns tentam fazer que as coisas pelo menos caminhem, do outro lado a maioria que detém o dinheiro e o poder, trabalham ao contrário, diga-se de passagem uma simples ovelha ruim que está pondo tudo a perder e ninguém toma nenhuma providência em aniquilar esse velho lobo com pele de cordeiro.
Em conversa com um presidente de clube filiado o mesmo mostrava-se cada vez mais descrente com a melhora de nosso futebol e me confidenciou que seus dias estão chegando ao fim nessa luta, que segundo ele vem há anos e quase nada mudou, entra ano e sai ano e as humilhações são as mesmas, apenas muda os atores, mas a peça teatral é a mesma, sugeri que fossem mais audaciosos, mais firmes em suas opiniões, afinal de contas mesmo caindo pelas tabelas nosso futebol ainda movimenta muitos corações apaixonados e tem seu lado social que é sem dúvida alguma o mais importante de tudo isso, foi aí que ele resmungou com certa tristeza, disse ele: Beto, não consigo entender como uma cidade igual a Paulo Afonso não tem um estádio digno, não tem uma equipe profissional de futebol de campo e como investem tanto nesse tal de futebol de salão? Eu fui enfático com ele, amigo esqueça o saudosismo de outrora, ou vocês são profissionais no que fazem, se organizam, se unem e mostram a força da entidade ou vocês serão sempre tratados como os coitadinhos de nosso esporte. Nada contra o futsal que é um esporte que nosso povo gosta e sente-se bem em nosso ginásio com um pequeno conforto que é oferecido, comparando nosso velho e querido Ruberleno com o amarelão é covardia com nosso futebol, gramado péssimo, banheiros sem as mínimas condições, iluminação deficitária, vestiários pequenos, arquibancadas mal iluminadas e sem conforto e futebol que se resume a três ou quatro equipes competitivas. Conclusão: onde terá maior investimento?